segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dicas de Sites

Diante das pesquisas realizadas até então, venho propor uma lista de sites para a apreciação.

No blog aprender em construção você contra informações sobre Educação, Educação Especial, Psicopedagogia Clínico-Institucional, Coordenação Pedagógica, Projetos Educacionais, Projeto Político Pedagógico, Oficinas Pedagógicas, Dicas de cursos e livros, resenhas e artigos.
http://aprenderemconstrucao.blogspot.com/

O site do Instituto Indianópolis aborda os mais diversos temas do mundo da Educação Especial voltada para a deficiência mental e autismo. Lá você encontrará artigos, notícias, informações sobre cursos, palestras, a escola especial e diversas outras atividades que envolvem crianças e adultos especiais.
http://www.indianopolis.com.br/si/site

Um espaço de informação e troca de conhecimento sobre Tecnologia Assistiva
http://www.assistiva.org.br/

No site do Centro de Referência em Educação Mario Covas você encontra um grande acervo de artigos e dicas sobre a educação especial
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/

O Player Rybená é capaz de converter qualquer página da Internet ou texto escrito em português para a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Permitindo assim, tornar qualquer Web Site acessível para a Comunidade Surda.
http://www.rybena.org.br/rybena/default/index.jsp

Site da Biblioteca Virtual da USP que disponibiliza um grande acervo de documentos digitais capazes de auxiliar o desenvolvimento de atividades para a sua aula
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/



Texto de Jéssica Gonçalves de Andrade

ACESSIBILIDADE E ENSINO SUPERIOR

Toda escola por questões éticas e legais deve ser inclusiva.
Os cursos de nível superior só recebem autorização de funcionamento se assegurar condição de mobilidade e de utilização de tecnologias assisistivas.
(Portaria n.1.679 de 2 de dezembro de 1999.


Número de alunos em situação de deficiência na UFS
Número total de alunos- 22.486
Em situação de deficiência: 10

Os alunos não declaram a situação de deficiência na CCV.
Baixo o nível de escolarização dessas pessoas.
Filtro do vestibular.
Programa Incluir 2006, 2007 e 2008.

RESOLUÇÃO 80\2008\CONEP
Art. 1º. Cada curso de graduação ministrado pela UFS ofertará uma vaga para candidatos portadores de necessidades educacionais especiais, comprovada através de relatório médico.

MUDANÇAS JÁ
Sensibilização da comunidade universitária.
Revisão nas concepções de aluno, de Universidade e de avaliação....
Universidade de qualidade para todos os alunos.

ACESSO E PERMANÊNCIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA UFS: UM PROJETO EM CONSTRUÇÃO

OBJETIVOS:
Geral:
Analisar as condições de acessibilidade arquitetônica, pedagógica e atitudinal do Campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe.

Específicos:
Descrever as barreiras de acessibilidade existentes no campus de São Cristóvão da UFS
Sugerir ações que possibilitem o acesso, a permanência e a conclusão do curso dos alunos que se encontram em situação de deficiência.
Levantar o número de equipamentos de alta e baixa tecnologia existente no Campus de São Cristóvão da UFS que possibilitem ou ajudem no acesso ao conhecimento dos alunos com necessidades específicas.

MÉTODO
Estudo de caso .
A coleta de dados foi feita nas didáticas, nos blocos departamentais, BICEN, RESU, CCBS, CECH, DEF, estacionamentos....

CONSTATAÇÕES
Arquitetônicos:
Ausência de pistas táteis indicando os principais prédios;
Insuficiência de vagas nos estacionamentos;
Portas estreitas ( menor que 85cm).
Ausência de orelhões em altura compatível para usuários de cadeiras de rodas.
Carros obstruindo rampas de acesso para pessoas com dificuldade de locomoção.

Atitudinal
Motos estacionadas ou trafegando pela passarela de pedestres
Informativas ou de comunicação:
Ausência de um serviço de apoio aos alunos em situação de deficiência.
Ausência de serviço de apoio pedagógico aos professores que atuam em turmas inclusivas na UFS;

CONCLUSÕES E AÇÕES
Melhorar as condições de acessibilidade da UFS é importante não só para as pessoas com necessidades específicas, mas para toda comunidade universitária.
A convivência social de todos é um preceito constitucional.
O direito de ir e vir e a equiparação de oportunidades para todos são condições para equiparação da cidadania.


Texto de: Verônica dos Reis Mariano
Postado por: Jéssica Gonçalves de Andrade

Filme: Vermelho como o céu

Vermelho como o Céu, de Cristiano Bortone, alcança com louvor, em sua simplicidade e sinceridade, aquilo que se pode chamar de uma emoção verdadeira. Passando pelo crivo do público, o filme foi reconhecido ao ser eleito o melhor entre os estrangeiros na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no ano de 2006.

O filme conta a história do garoto Mirco (Luca Capriotti), que tem uma infância como qualquer outra na Toscana, uma daquelas encantadoras cidades pequenas da Itália dos anos 70. Mirco brincando, se fere em uma queda e por pouco não acontece algo mais grave com uma arma de fogo, daí em então passa a ter a visão deficiente.

Entra aí na história um dado tão cruel como interessante - na Itália daquela época, as crianças portadoras de deficiência visual eram segregadas, assim eram obrigadas a freqüentar escolas especialmente destinadas a elas. Então esse é o destino de Mirco, que será transferido para um colégio para cegos em Gênova.

Lá os meninos vivem uma infância que poderia ser normal: brincam, brigam, competem, aprendem e, quando chega à idade, se interessam pelo sexo e pelo trabalho. Mas o pensamento derrotista do diretor que, também sendo cego, coloca os alunos daquela instituição como inferiorizados diante da vida.

A idéia central do filme é destacar como o desenvolvimento da imaginação pode funcionar como remédio para uma possível limitação relatando que o ser humano é bastante plástico e sabe se adaptar mesmo às piores contingências, basta que tenha alguma assistência e goze da confiança do próximo.



Por: Jéssica Gonçalves de Andrade

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Inclusão

Entendemos por Inclusão o ato ou efeito de incluir. De acordo com as políticas educacionais vigentes, é obrigatório a inclusão de crianças especiais, respeitando-se suas necessidades e peculiaridades.
O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a idéia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial.
Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido a resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência.
Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, o movimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.

Fonte: Google. Adaptado por Laura Cristina e Jéssica Gonçalves

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Player Rybená - Solução Digital para Surdos

A sociedade brasileira vem se mobilizando cada vez mais no sentido de criar mecanismos para garantir às pessoas portadoras de deficiência a sua inserção no contexto social. A partir de princípios estabelecidos na constituição brasileira e alinhados com acordos internacionais, o poder legislativo vem criando dispositivos legais que normatizam questões como o emprego, a inclusão digital e o atendimento público a essa comunidade. Diversos órgãos da administração direta e indireta vêm conduzindo projetos sociais com esse foco.

Rybená - significa "comunicação na língua indígena Xavante", é uma tecnologia totalmente nacional, e também é batizada com um nome tipicamente brasileiro, com o objetivo de inclusão social de portadores de necessidades especiais, através do uso de comunicação digital.
A Solução Rybená foi idealizada para poder ajudar a suprir essas necessidades, e cumprir a legislação vigente.

A tecnologia
A Solução Rybená é uma tecnologia de comunicação digital (sinalizada), única no mundo, que oferece à comunidade portadora de necessidades especiais (PNE) condições de acesso a serviços públicos e privados, garantindo, assim, a sua autonomia e o exercício pleno da sua cidadania, de forma autônoma e não tutelada.

Amplitude da Solução Rybená
O uso da tecnologia Rybená permite que se viabilize a acessibilidade em diversos segmentos, como por exemplo : a adequação de sites Internet conforme padrões internacionais de acessibilidade; sinalização pública em LIBRAS; uso de telefonia celular com tradutor para LIBRAS; utilização de sintetização de voz para leitura de telas na Internet; apoio técnico para atendimento em LIBRAS e tradução em tempo real de textos contidos em páginas da Internet para LIBRAS.

Integração de comunidades portadoras de necessidades especiais
No Brasil, segundo o Censo do IBGE (ano de 2000), existem cerca de 5,7 milhões de deficientes auditivos e cerca de 16,6 milhões de deficientes visuais, duas comunidades que precariamente ou inexiste a comunicação entre elas. A solução permitirá no futuro a comunicação entre um cego e um surdo através de qualquer meio de comunicação. A conversão (reconhecimento) de voz engloba uma série de conhecimentos ainda em pesquisa pelo CTS (Centro de Tecnologia de Software), mas hoje através da Solução Rybená, com o uso do Torpedo Rybená é possível , que se envie um texto (SMS) pelo telefone celular e o celular receptor traduza o texto recebido para LIBRAS. Para tal, o sistema estabelece uma conexão com o banco de dados, onde estão armazenadas um conjunto de animações LIBRAS. Para cada termo reconhecido é transmitida ao celular receptor a animação LIBRAS correspondente. Caso uma palavra que não tenha correspondência no banco de dados, as imagens de todos os caracteres da mesma são transmitidas letra a letra (módulo soletrador) para o dispositivo móvel de origem.

Inclusão social e cidadania
Somente 15% (quinze por cento) da comunidade Surda entende de forma corrente o português, e se comunicam exclusivamente através da Língua a Brasileira de Sinais - LIBRAS, como também deve-se considerar que a totalidade da comunidade Surda é é alfabetizada em LIBRAS, criando um contexto cultural próprio e repleto de particularidades. O problema atinge toda a sociedade, uma vez que pessoas não portadoras deste tipo de deficiência também estão impossibilitadas de se comunicarem com elas, inclusive amigos e familiares.
O acesso às informações, à cultura, à educação, enfim, à cidadania torna-se mais difícil se não houverem mecanismos abrangentes de integração e tradução de informações que permitam de forma instantânea atingir essas necessidades, fato que somente com o uso de novas tecnologias poderemos atingir esses ideais.


Fonte:
Texto postado por Jéssica Gonçalves de Andrade

JOGOS PARA ALFABETIZAR CRIANÇAS SURDAS E OUVINTES

Muitos são os recursos didáticos que podem ser utilizados na educação dos surdos, sendo que, é na fase da alfabetização dessas pessoas que elas mais precisam de inovações para se desenvolver. O jogo é um dos instrumentos que podem e deve ser utilizado pelo professor em sala de aula como auxilio, basta apenas que o educador tenha criatividade e habilidades para perceber qual o jogo ele deverá usar e, até se for necessário criá-los, pois cada aula exigirá um recurso novo.
As atividades oferecidas em sala de aula no processo de alfabetizar os alunos surdos devem ter como objetivo chegar à leitura escrita da língua portuguesa como segunda língua. Sendo, assim, as atividades antecedidas pela leitura de textos na língua de sinais.
As crianças surdas precisam encontrar na escola o suporte necessário para que ela consiga aprender bem a língua de sinais (LIBRAS), tendo a como língua de instrução, e a língua portuguesa, como sua segunda língua, proporcionando-lhes, assim, a Educação Bilíngüe. Esse tipo de educação depende da decisão pedagógica da escola e da presença de professores bilíngües, que conheçam bem a língua de sinais e consigam associar com o português escrito e, lógico, obedecendo a maturação da criança, que vai internalizando a língua a partir da mais simples para a mais complexo, há seguintes fases:
Primeira fase: há um período inicial que se assemelha ao balbucio das ouvintes, nesta fase a criança produz seqüências de gestos que fonologicamente se assemelham aos sinais, mas não são reconhecidos como tal, são somente movimentos das mãos com alguma forma.
Segunda fase – Fase de uma palavra: a criança surda começa a nomear as coisas, aprende a unir a frase ao objeto, produzindo suas primeiras palavras. Como as crianças ouvintes, que ainda não pronunciam corretamente as palavras nesta fase, as crianças surdas também fazem os sinais com erros nos parâmetros, por exemplo, podem trocar a configuração de mãos ou o ponto de articulação, mas o adulto compreende que ela produziu um sinal na língua.
Nesta fase, são produzidos dois tipos de sinais:
a) Os sinais congelados: são os mesmos sinais dos adultos, mas sem reflexão de número, ou concordância verbal ou aspectos.
b) Apontar não-lingüístico: aos dez meses, uma criança surda pode apontar para si e para os outros. Mas, os pontos para pessoas desaparecem completamente da produção lingüística da criança surda dos doze a dezoito meses e só reaparecem depois deste tempo, entre dois a três anos. Talvez neste período haja a passagem do apontar não – lingüístico para o apontar lingüístico, ou seja, a utilização dos pronomes de maneira consciente e não simplesmente um apontar para algo;
Terceira fase: frase de duas palavras: a partir dos dois anos e meio, a criança surda começa a produzir frases de duas palavras, iniciando sua sintaxe, mas ainda as palavras são usadas sem flexão e concordância, a ordem das palavras constituirá sua primeira sintaxe.
A partir desta fase, a criança surda começa a adquirir a morfologia de uma língua de sinais, a aquisição de subsistemas morfológicos mais complexos continua até aos cinco anos, quando também já produzira frases gramaticais maiores e mais complexas. O primeiro subsistema mais complexo que adquire é a concordância verbal.
Num momento inicial da alfabetização a criança surda irá senti várias necessidades para compreender a escrita do português, portanto o professor não deve se prender com a estrutura das frases escritas, mas sim, com a exposição do pensamento dessas crianças, valorizando e estimulando a sua vontade de escrever.

Texto de Beatriz Prado; Fabíola Rosas; Laura Oliveira.

sábado, 13 de junho de 2009

Deficiência Visual

O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da visão, ou até a sua perda total. Isso pode ocorrer em virtude de causas congênitas ou hereditárias. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira).Essa classificação acontece de acordo com a intensidade da deficiência, ou seja com o compromentimento do campo visual.
Em linhas gerais, podemos considerar que nos países em desenvolvimento as principais causas da deficiência visual são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como as cataratas.
Já nos países desenvolvidos são mais importantes as causas genéticas e degenerativas.

As causas podem ser divididas também em: congênitas ou adquiridas:
•Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma congênito, catarata congênita.
•Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

Vários são os fatores de risco que podem causar a deficiência visual, como por exemplo:
•Histórico familiar de deficiência visual por doenças de caráter hereditário: por exemplo glaucoma.
•Histórico pessoal de diabetes, hipertensão arterial e outras doenças sistêmicas que podem levar a comprometimento visual, por exemplo: esclerose múltipla.
•Senilidade, por exemplo: catarata, degeneração senil de mácula.
•Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade.
•Não utilização de óculos de proteção durante a realização de determinadas tarefas (por exemplo durante o uso de solda elétrica).
•Não imunização contra rubéola da população feminina em idade reprodutiva, o que pode levar a uma maior chance de rubéola congênita e conseqüente acometimento visual.

Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. Já no adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.
O diagnóstico é obtido através do exame realizado pelo oftalmologista que pode lançar mão de exames subsidiários. Nos casos em que a deficiência visual está caracterizada, deve ser realizada avaliação por oftalmologista especializado em baixa visão, que fará a indicação de auxílios ópticos especiais e orientará a sua adaptação.


Fonte: http://www.entreamigos.com.br/textos/defvisu/inbadev.htm
Postado e adaptado por Jéssica Gonçalves de Andrade

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Gaby - Uma história verdadeira

Ao longo da disciplina Educação e Inclusão, tivemos a exibição de alguns filmes que tratam do tema Inclusão. Hoje posto um comentário a respeito do primeiro filme que assistimos.

O filme Gaby – uma história verdadeira (1987) é o filme de estréia do diretor Luiz Mandocki, que trabalhou com a própria Gabriela Brimmer no desenvolvimento do roteiro. Rachel Levin é a protagonista que desenvolve a personagem-título e é considerada uma revelação. Gaby, como era chamada, era filha de europeus refugiados no México que quando pequena, seus pais a levavam incessantemente a diversos médicos, mas fatigados de respostas negativas decidiram aceitá-la como ela era, reconheceram que ela tinha um problema e optaram seguir normalmente. Ela possuía um distúrbio neurológico que a impedia controlar seu corpo, não conseguia falar e apenas movimentava seu pé esquerdo.
Quando Gaby cresceu, seu pai a ensinou que existem dois tipos de barreiras, a barreira real e a barreira imposta por nossos próprios medos. A grande dificuldade era destingi-las, pois todas as pessoas têm limitações, mas enfatizou que as das pessoas “normais” eram mais “perigosas” porque não eram visíveis. Gaby tinha o apoio de seus pais e de uma empregada/amiga que a ajudava a superar as barreiras impostas pela deficiência, também contava com o apoio de uma máquina de escrever e uma prancha de comunicação, um simples pedaço de madeira que continha o alfabeto pintado.
Ao freqüentar escolas para pessoas com necessidades especiais, Gaby conheceu um amigo/namorado, Fernando, que como ela também era portador de necessidades especiais, porém ele não contava com o mesmo apoio familiar que Gaby. Ambos se envolvem sexualmente permitindo, assim, mostrar que as questões que afetam a sexualidade das pessoas com deficiência são as mesmas que fazem parte da vida de qualquer pessoa.
Tomando como exemplo Beethoven, que compôs músicas após tornar-se surdo, Gaby submete-se a um teste na escola regular e deixa a escola especial, mas a mãe de Fernando não o estimulou e não permitiu que ele tivesse as mesmas condições de crescer e ir a frente, assim não permitiu a troca de escola. No início Fernando resiste, mas ele enfraquece e acaba cedendo à vontade da mãe. O filme não mais relata sobre Fernando, exceto que ele continuou sua vida limitada pelo medo e pela falta de apoio e não pela doença.
Gaby conseguiu ingressar na Universidade, mostrando que aprendeu a lição deixada pelo seu pai: saber a diferença entre nossos limites reais e nossos medos. Na universidade envolve-se com um homem dito “normal”, que a auxilia neste universo preconceituoso e repleto de limitações. Gaby sente a necessidade de ter um emprego e incentivada por ele, vai a uma entrevista. Devido aos preconceitos engendrados na sociedade, Gaby só consegue ingressar neste mundo após uma longa prova, surpreendendo a todos, alcança o posto de editora chefe do departamento. Quanto ao seu relacionamento amoroso, não obteve sucesso, não por preconceitos, e sim por problemas normais enfrentados por qualquer casal.
Sem dúvida, quando a questão é discutir a inclusão de pessoas com necessidade especial, Gaby – uma história verdadeira é um clássico do cinema internacional. Ao abordar questões relacionadas à família, escola (especial, regular e universidade) e sexualidade, nos expõem atitudes, muitas vezes, inadequadas de negação e repressão do portador de deficiência refletindo preconceitos que envolvem todos os outros indivíduos em função de valores morais, religiosos e culturais.
Em particular, chamamos atenção à maneira como a sexualidade é ilustrada no filme. A questão da sexualidade é complicada para a humanidade em geral, onde muitas vezes não sabemos lhe dar com a nossa própria sexualidade. Isto ocorre por uma questão cultural, da nossa formação, de valores religiosos, e sua relação com o sexo profano. A sociedade pensa o deficiente como ser assexuado, e este não poderia ser profanado. Mas o filme mostra-nos uma mulher que sente desejos e não vê empecilhos para realizá-los. É, certamente, uma maneira nova de tratarmos de um assunto tido muitas vezes como constrangedor ou completamente fora da realidade do deficiente, ou ainda, visto como menos importante por muitos. A idéia transmitida é que a dificuldade de encontrar um companheiro não está ligada a uma deficiência, mas sim a problemas com a personalidade e a auto-imagem.
Dentro desta perspectiva, analisamos que é possível romper com os conceitos preestabelecidos. Cabe à mídia ser agente nesse momento de transformação exercendo seu papel de formador de opinião. É preciso que os espaços na mídia sejam mais bem explorados e que os novos paradigmas sejam trabalhados pelos meios de comunicação, dando espaço a filmes entre outros meios que retratam com maior fidelidade o portador de deficiência.


Texto de Jéssica Gonçalves de Andrade

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma breve reflexão a respeito da História da Educação do Surdo

Um pouco da História da Educação do Surdo

O mais antigo registro que menciona sobre “Língua de Sinais” é de 368 aC, escrito pelo filósofo grego Sócrates, quando perguntou ao seu discípulo:
“Suponha que nós, os seres humanos, quando não falávamos e queríamos indicar objetos, uns para os outros, nós o fazíamos, como fazem os surdos mudos sinais com as mãos, cabeça, e demais membros do corpo?”

A comunicação por sinais foi à solução encontrada pelos monges beneditinos da Itália, cerca de 530 d.C, para manter o voto de silêncio. Mas, poucos foram os registros sobre esse sistema ou por outro sistema usado pelos surdos até a Renascença, mil anos depois.
Até o fim do séc. XV, não havia escolas para surdos na Europa, devido estes serem considerados incapazes de aprender. Com isso os surdos foram excluídos da sociedade e muitos tiveram sua sobrevivência prejudicada. Inclusive, existiam leis que proibia o surdo de possuir ou herdar propriedades, casar-se ou votar como os demais cidadãos.
Só no ano de 1857, foi fundada a primeira escola para surdos no Brasil, o instituto dos Surdos-Mudos, hoje, Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES). Com o trabalho de misturar a Língua de Sinais Francesa, trazida para o Brasil pelo prof. Huet, com a Língua de Sinais Brasileira antiga, foi que o instituto fez surgir a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Nos dias de hoje, pela visão da própria comunidade Surda, ser Surdo é saber falar com as mãos e aprender uma linguagem oral-auditiva através dessa, é conviver com pessoas que, em um universo de barulhos, deparam-se com pessoas que estão percebendo o mundo, principalmente, pela visão, e isso faz com que elas sejam diferentes e não necessariamente deficientes.

Texto de Tanya A. Felipe, adaptado por Laura Cristina Santos Oliveira